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Equipe
Multidisciplinar

Equipe Multidisciplinar

Psicólogo

Erika Krause Breyer Massard
Atuação do Psicólogo

Atuação do Psicólogo A obesidade é uma doença crônica que acomete o paciente, geralmente, desde a sua infância/adolescência. Por essa razão, os distúrbios psíquicos se estabelecem desde muito cedo, ao contrário das comorbidades, como a pressão alta e a diabetes, por exemplo. Da mesma forma, após a cirurgia bariátrica, ao contrário das mesmas comorbidades que são curadas, nem sempre os distúrbios psicológicos causados pela obesidade são revertidos completamente após o emagrecimento.

 

Com a popularização da cirurgia bariátrica, a demanda por cirurgias do contorno corporal aumentou, e a chegada desse paciente ao consultório do cirurgião plástico é cada vez mais comum. Muitas vezes, os pacientes já não estão mais conectados aos serviços multidisciplinares da cirurgia bariátrica e ao acesso aos protocolos institucionais, deixando a cargo do cirurgião plástico lidar com o aspecto psicológico do paciente em questão.

 

Negligenciar a abordagem e o acompanhamento do paciente ex-obeso pode significar o fracasso da cirurgia plástica reparadora.

 

Não há um consenso que demonstre que a obesidade tenha relação com a maior prevalência de distúrbios psíquicos. Sabemos que a grande maioria dos ex-obesos não se apresenta com um padrão único. Geralmente, apresentam auto-estima baixa (não aceitação da sua imagem corporal), compulsão alimentar, sentimentos de culpa e arrependimento. Dificuldades do convívio social e de se relacionar com parceiros também é muito comum, não só pela auto-imagem, mas, por vezes, pela dificuldade em se manter asseado, prejudicando o convívio amoroso. A depressão crônica, transtornos obsessivo compulsivo e bipolar, além de transtornos psicóticos, são bastante comuns. Estudos mostram uma diminuição desses distúrbios, embora permaneçam ainda presentes após a cirurgia bariátrica. Por isso, a importância do acompanhamento psicológico desse paciente não só durante o processo da cirurgia plástica reparadora, como também pela vida toda, pensando, principalmente, na manutenção dos resultados.

 

Inacreditável pensar que, muitas vezes, a causa do reganho de peso, seria pela melhoria da qualidade de vida pós-emagrecimento. Porém, alguns estudos mostram que o perfil psicológico do paciente ex-obeso, agora em reganho, mostraram que a causa não advém de distúrbios prévios, e sim, ligados a novos tipos de compulsão, como o álcool, por exemplo. Por isso, a Psicoeducação no controle do paciente ex-obeso é tão importante. A maioria dos distúrbios depressivos diminui com o emagrecimento, isso é fato. Mas os índices de depressão e ansiedade permanecem e mostram um aumento, entre 18 a 24 meses após a cirurgia, exatamente o período em que o paciente está realizando a cirurgia plástica. Os mesmos estudos mostram que é nesse momento que o paciente tem maiores chances de recidiva ou substituição do sentimento de auto-destruição da compulsão alimentar por outro tipo de compulsão como anorexia, bulimia, alcoolismo e uso de drogas, entre outros.

 

Utiliza-se a analogia da “metamorfose das borboletas”, em que a paciente obesa, representada por uma lagarta, mesmo após emagrecer e passar por todos os sacrifícios do processo, deve passar pelo estágio de casulo, imposto pelo grande emagrecimento no seu contorno corporal. A cirurgia plástica reparadora permite a completa reinserção corporal, permitindo a essa paciente se transformar em uma borboleta, com melhora da auto-estima e da sua qualidade de vida.

 

O papel do psicólogo é oferecer apoio em todas as fases do emagrecimento, principalmente nessa fase de casulo, momento talvez mais importante da transformação. Outro papel importante do psicólogo é o de preparar o paciente no que diz respeito à expectativa de resultado. Alguns pacientes acreditam que a cirurgia plástica vai promover uma verdadeira revolução na sua vida e que sairão do centro cirúrgico com o corpo perfeito. Por isso, as implicações das cicatrizes e do que a cirurgia plástica reparadora pode oferecer devem ser exaustivamente apresentadas. Cicatrizes inestéticas, bem como flacidez residual, podem ser intercorrências e o paciente deve estar psicologicamente preparado para essas incertezas. A expectativa deve ser realística. O paciente que não entende ou que não está preparado para essas possibilidades, não deve operar.