A recuperação pós-operatória de cirurgias plásticas reparadoras pós-bariátricas não pode ser comparada a uma cirurgia plástica estética, levando-se em conta que o paciente pós-bariátrico é um universo totalmente diferente de um paciente eutrófico (peso normal, sem histórico de obesidade).
O paciente obeso que se submete à cirurgia bariátrica perde peso acentuado em um curto período, gerando diversas alterações na matriz extracelular (MEC) que culminam no excesso de flacidez da pele, influenciando diretamente na cicatrização.
Consequentemente, ao se submeter a uma cirurgia plástica reparadora, apresenta uma recuperação mais lenta, com edema (inchaço) persistente e incidência maior de seromas, hematomas, infecção de ferida operatória e deiscências (abertura dos pontos da cicatriz).
O tratamento fisioterapêutico no pós-operatório destes pacientes é diferenciado, devendo ter uma atenção especial, visto que apresentam alterações significativas na pele, sendo bastante propensos à intercorrências e complicações.
O fisioterapeuta necessita ter conhecimento sobre a influência da cirurgia bariátrica na MEC, além de orientar corretamente o paciente em seu cuidado diário.
